Como num casamento em crise, Chico 2000 ganhou permissão do PL pra ir embora — só falta levantar do sofá e sair. O problema é que, mesmo com a mala pronta e a PF batendo na porta, o vereador ainda não teve coragem de assinar o divórcio partidário. E o PL já está pensando em colocar o nome dele no Serasa da política: a temida lista da expulsão.
Se a carta já foi entregue, por que ele ainda está de pijama no partido?
O vereador de Cuiabá, Chico 2000 (PL), foi agraciado com uma carta de anuência do Partido Liberal, permitindo que ele troque de legenda sem perder o mandato. Tudo isso enquanto tenta desviar das operações da Polícia Federal e Civil como quem joga Twister com as mãos nas costas. Apesar da liberdade garantida pelo papel timbrado, ele ainda não oficializou sua saída do partido. Está esperando um sinal dos astros? Ou só esqueceu mesmo?
O PL virou hotel ou casa de mãe?
O presidente estadual do PL, Ananias Filho, confirmou que o partido assinou a carta como quem dá permissão pro filho adulto sair de casa — mas Chico parece preferir o puxadinho. “Quando ele quiser sair é só ir no cartório”, disse Ananias, talvez sem saber que até isso pode virar meme em ano eleitoral.
Expulsar ou esperar? Eis a questão…
Enquanto Chico 2000 não se decide, o presidente municipal do PL em Cuiabá, Dito Lucas, já anda com o manual do estatuto debaixo do braço, pronto pra uma possível expulsão. “Se ele tiver sanções da Justiça, eu vou ter que agir”, declarou, como quem avisa que vai cortar a Netflix da casa se ninguém lavar a louça.
Chico tá esperando o quê? O Uber do Novo Partido?
Segundo Dito Lucas, protocolar o pedido de saída agora é só questão de ir até o cartório com a carta na mão. E sim, ela foi assinada com o glamour de uma assinatura tripla: Ananias Filho, Dito Lucas e o chefão nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Se o vereador não protocolar logo, pode acabar perdendo o direito até de escolher o próximo partido no Tinder político.
Operação Rescaldo: o retorno do Chico Investigado
Nesta quinta-feira (5), Chico 2000 foi protagonista de mais um episódio da série “Operações Policiais & Afins”, agora estrelando na Operação Rescaldo da Polícia Federal. A PF investiga supostos crimes eleitorais cometidos em 2024. Chico estaria abordando eleitores com promessas tão vantajosas quanto suspeitas, numa troca de votos digna de Black Friday política.
Quantas operações cabem num único vereador?
Essa já é a segunda operação contra Chico 2000 em menos de dois meses. Em abril, ele foi afastado pela Operação Perfídia, da Polícia Civil, que investiga o suposto pagamento de R$ 250 mil em propina pela empresa HB 20 Construções Eireli. O objetivo: acelerar um projeto na Câmara relacionado a obras de drenagem e pavimentação. Com esse histórico, a única coisa que está mais acelerada que o projeto é o número de inquéritos com o nome dele.