Enquanto uns fogem da justiça, outros fogem da injustiça. Carla Zambelli, alvo da sanha judicial do sistema, embarcou rumo à Europa para cuidar da saúde — mas, convenhamos, talvez o verdadeiro remédio seja distância da perseguição ideológica disfarçada de sentença.
Tratamento médico ou tratamento ideológico?
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das principais vozes conservadoras no Congresso, anunciou que deixou o Brasil há alguns dias, alegando a continuidade de um tratamento médico que já realizava no exterior. Em uma live nas redes sociais, afirmou que pedirá licença do mandato. A medida está prevista na Constituição, como lembrou a própria parlamentar — e recentemente aplicada também por Eduardo Bolsonaro. Coincidência ou novo manual de sobrevivência à caça às bruxas?
Condenação ou linchamento político?
No último 18 de maio, Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por suposta invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A rapidez da condenação e o tom da decisão levantam suspeitas entre seus apoiadores, que veem no caso mais um episódio de judicialização da política — ou pior, de perseguição seletiva a parlamentares de direita.
Sem paradeiro definido ou estratégia de segurança?
A defesa da deputada afirmou que, no momento, não sabe informar seu destino final. Em tempos em que conservadores se tornaram alvos preferenciais de parte do Judiciário, manter a localização em sigilo pode ser uma medida tão prudente quanto tomar antibiótico no horário certo. Afinal, em tempos de caça, melhor ser leão discreto do que zebra confiante.
Perda automática de mandato ou atropelo constitucional?
A condenação foi acompanhada da declaração de perda automática do mandato, segundo decisão da 1ª Turma do STF, referendada pela Mesa Diretora da Câmara. No entanto, parlamentares da própria Casa destacam que essa decisão deveria caber ao plenário, e não à Mesa. O que se discute, no fundo, é se o Legislativo ainda legisla — ou se virou apenas cartório do Judiciário.
Bolsonaro incomodado ou mais uma narrativa da imprensa?
A grande mídia insiste que Jair Bolsonaro vê Zambelli como um problema político. Mas fontes do PL indicam o contrário: apesar de divergências pontuais, a deputada ainda tem apoio sólido na base bolsonarista e será acolhida por seus colegas na Câmara. O que incomoda, de fato, é a coragem de quem não se curva ao politicamente correto nem à patrulha institucional.
Licença ou exílio preventivo?
Ao pedir licença do mandato, Zambelli não foge de responsabilidade — apenas busca, temporariamente, afastar-se de um ambiente onde a justiça tem lado e o devido processo parece opcional. O afastamento poderá ser um momento de reorganização pessoal, jurídica e política, para voltar ainda mais firme no combate às pautas progressistas e à expansão do Estado Leviatã.