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Foto: Gerada por Inteligência Artificial - Imagem Ilustrativa

Choveu demissão: chefe de gabinete é exonerado após coreografia “sem noção” virar tempestade nas redes

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Choveu demissão: chefe de gabinete é exonerado após coreografia “sem noção” virar tempestade nas redes

Parece que nem São Pedro, nem os indígenas aprovaram a performance: um vídeo da “dança da chuva” protagonizado por servidores municipais de Juara virou o verdadeiro chuvão de críticas. O resultado? Caiu água e caiu chefe de gabinete.

Era TikTok ou teatro de escola?

Um vídeo gravado dentro da sede da Prefeitura de Juara, no Mato Grosso, mostra dois servidores municipais em um momento, digamos, “cultural”. Antônio José Santana Neto, então chefe de gabinete, e José Roberto Pereira Alves, secretário de Finanças, decidiram simular uma “dança da chuva” com direito a cocar, arco e flecha. O figurino improvisado e a coreografia improvisadíssima circulavam sob o argumento de “tom de brincadeira”, mas viralizaram nas redes nesta semana como exemplo de total desconexão com a realidade.

Humor ou desrespeito institucional?

A performance que pretendia ser engraçada acabou sendo vista como um desrespeito grave. Representantes da etnia Apiaká classificaram o ato como “difamatório” e “discriminatório”, apontando que não existe, na sua cultura, uma dança da chuva como a que foi encenada. A crítica mais contundente, porém, foi sobre o uso do espaço público para uma encenação que, segundo os indígenas, revela ignorância sobre os costumes originários.

Quem dança, perde o cargo?

A repercussão levou o prefeito Valdinei Holanda Moraes (PRD) a tomar medidas. Antônio José Santana Neto foi exonerado, e o comunicado veio acompanhado de lamento: “Por essa brincadeira, perdemos um bom profissional”, afirmou o gestor. Já o secretário de Finanças, José Roberto Pereira Alves, permanece no cargo – aparentemente, dança não derruba todo mundo.

Indígenas dançam por quê?

Em entrevista ao g1, o jesuíta e professor de antropologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Aloir Pacini, explicou que as danças indígenas são manifestações culturais profundamente conectadas à natureza e a momentos específicos do cotidiano das etnias. Cada povo tem sua maneira própria de celebrar a chuva, o sol, a colheita – ou seja, não há “um tutorial universal” de dança da chuva.

Falta de noção tem limite?

O caso reacendeu discussões sobre o uso indevido de símbolos culturais por agentes públicos, mesmo em “brincadeiras”. Lideranças reforçam que o mínimo esperado de servidores é conhecimento e respeito pelas tradições, especialmente quando se trata de culturas historicamente marginalizadas.

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Lucas de Morais

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